Trata-se de lesões produzidas por fungos. Existem quatro grupos gerais de lesões por tais organismos: dermatofitoses: são infecções por fungos com capacidade ceratolítica que colonizam a pele, cabelos e unhas; pitiríase vesiculor e piedras: fungos sem poder ceratolítico, comensais ao se alimentar de restos de epitélios e produtos de secreção da pele; Cândida; outros fungos filamentosos que não os dermatófitos.
1° GRUPO
DERMATOFITOSES
Também
chamada de tinha, do latim tinea (verme) a infecção por dermatófitos depende da
presença do patógeno e da predisposição do organismo à infecção, pois
normalmente a produção de alfa-2 macroglobulina, transferrina insaturada,
ácidos graxos, testosterona, estradiol e progesterona inibem a atividade da
ceratinase sobre a queratina da pele.
Existem três classes de patógenos: Epidermophyton, Trichophyton e Microsporum. Cada agente possui um padrão patológico que justifica a
subclassificação das dermatofitoses nos subtipos a seguir.
TINHA DE
BARBA: é rara no Brasil, mas quando ocorre sua apresentação é como lesões
exsudativas, circinada, com bordas com áreas de eritema, vesículas, pápulas e
escamas. É causada pelos gêneros Tricophytom e Microsporum.
TINHA DE
CABEÇA: pode ser tonsurante ou favosa. Tinha tonsurante ainda pode ser
tricofítica ou microspórica. A tricofítica é causada pelo Tricophytom tonsurans
e se apresenta como uma ou mais lesões em placas descamativas, tonsurantes e de
eritema discreto. É de evolução crônica e altamente contagiosa até a
adolescência, quando os fatores inibidores (alfa-2 macroglobulina, transferrina
insaturada, ácidos graxos, testosterona, estradiol e progesterona) são
produzidos em maior quantidade. As formas de contaminação são pessoa-pessoa
através de travesseiros, pentes e outros objetos pessoais.
Adversa a
essa forma crônica há outra aguda inflamatória apresentada como lesão única,
elevada, dolorosa, arredondada, pustulosa e com microabcessos. É o chamado Quérion
de Celci e é causa por agentes zoófílicos e geofílicos mal adaptados ao homem. Existe
ainda a polifoliculite de Hoffmann, que são lesões hipoérmicas inciadas do
folículo, nodulares e com abcesso. A fistulização que ocorre é difusa e a cicatrização
causa alopecia definitiva.
A tinha
tonsurante microspórica é uma placa também única, com dimensões maiores e sem o
eritema. É causada pelo Microsporum cannis.
A tinha
favosa felizmente pode estar em extinção. É a forma mais grave e deformante de
tinha. Ela ataca o folículo piloso e produz uma cicatriz onde não há mais
crescimento de cabelo. A lesão ativa forma crateras de onde crescem cabelos
secos, sem brilho e cinzentos. O cheiro dessa lesão é comparável a ninho de
ratos.
TINHA DE PELE
GLABRA também conhecida como impigem, é causada pelos Trycophytom rubrum e mentagrophytes, além do Microsporum
canis. Pode se apresentar nas formas: vesiculosa, onde há lesão bem inflamada,
de crescimento centrífugo com crostas no centro, mas chega a evoluir para cura
espontânea; eritemato-papulosa: placas eritematosas de evolução centrífuga com
cura no centro; em placas: é como a última forma, porém sem a cura no centro,
por vezes se fundindo e criando grandes áreas de lesão.
TINHA DE MÃO:
os agentes aqui são Trycophytom rubrum e mentagrophytes. Se apresenta em placas
com eritema e descamação com bordas circinadas. Esse tipo de tinha ocorre por
lesão a distância pela liberação de produtos tóxicos por fungos em outros
locais do organismo, desde que as mãos sejam previamente sensibilizadas. Tanto
que a negatividade dos exames diagnósticos e cultura positiva em outros locais
também confirmam o diagnóstico.
TINHA DE PÉ: também conhecida como pé de atleta ou frieira, é causada pelos Trycophytom rubrum e mentagrophytes e Epidermophyton flocusum. Nesse caso a gravidade se faz apenas pela criação de uma porta de entrada para outras infecções por Staphylococcus ou streptococcus. Existem três formas clínicas:
- Intertriginosa com maceração, descamação, fissuras e prurido interdigitais;
- Vesicobolhosa que se apresenta como uma forma mais grave, apresentando vesículas;
- Escamosa de evolução crônica e eminentemente descamativa, quase sempre acompanhada de onicomicoses (tinha de unha).
TINHA CRURAL:
é causada pelos Trycophytom rubrum e mentagrophytes, ocorre bem mais no homem
adulto. Há prurido, descamação e eritema perineal primeiramente no escroto e
depois se espalha pelo períneo, glúteo e até coxas. A coloração da lesão é bem
nítida, um pouco elevada e pode ocorrer com pústulas. Quando não tratada por longo
tempo pode causar liquenificação da pele.
TINHA DE
UNHAS (ONICOMICOSES): são infecções causadas pelos Tricophyton, Microsporum e
Epidermophyton em geral, além das leveduras (Cândida). Existem várias formas,
mas na maioria das vezes a infecção se inicia pela porção distal e lateral da unha.
Quando de início subungeal
geralmente está ocorrendo em pacientes soropositivos para HIV. A forma substânca branca atinge a superfície
externa do leito ungueal, tornando a unha frágil, branca e opaca.
A forma distrófica total é um processo ao longo
de anos, mas a destruição do leito da unha, se ocorrer, é definitiva, não
havendo mais crescimento ainda que o tratamento seja instituído. A forma endonix, pelo contrário, atinge a unha
pelo hiponíquio sem infectar o leito ungueal, com a unha adquirindo pontos de
coloração branca, sem mais repercussões.
TINHA DE ORELHA: é uma lesão discreta,
causando placas e eritema. Muitas vezes o paciente refere zumbido, surdez de
parcial a total, dor e sensação de entupimento. A membrana do tímpano pode
estar avermelhada, com placas brancas e ainda pode ocorrer otorreia.
2° GRUPO
PTIRÍASE VESICULOR
É uma
infecção fúngica muito comum e contagiosa causada pela Malassezia furfur. A
maioria dos acometidos são assintomáticos, podendo chegar até 90% dos pacientes
sem queixas. Esse fungo pertence à flora normal da pele, mas na presença de
algumas condições ela se prolifera demais. Tais condições são humidade, aumento
de sebo da pele, calor imunossupressão e desnutrição.
Manifesta-se
como máculas bem delimitadas de cor variável de hipocrômicas a rosa-castanho. A
superfície é lisa e a descamação se manifesta a partir das manobras de Besnier
(raspagem com a unha) ou Zileri (estica-se a pele com os dedos). As lesões
podem ser múltiplas e crescentes até se juntarem, geralmente ocorrendo nos
tronco, cabeça, pescoço, abdome, coxas e pernas.
PIEDRAS
BRANCA: causa
pelos fungos do gênero Tricosporun, infecta os pelos axilares, pubianos,
perianais, escrotais e barba. São nódulos brancos e cremosos aderidos à porção
distal do pelo, que são removidos com facilidade com um pente fino.
PRETA:
causada pela Piedraia hortae, acomete os pelos do couro cabeludo através de
nódulos pretos aderidos ao cabelo.
3° GRUPO
TINHA NEGRA: enfermidade rara causada
pela Phaeoannellomyces werneckii e se manifesta como manchas escurecidas na
superfície palmar, plantar ou borda dos dedos, sem dor ou prurido.
4° GRUPO
CANDIDOSE
Infecção
causada por leveduras do gênero Cândida, na maioria das vezes a albicans. A infecção
se manifesta por colônias esbranquiçadas independente do local, com
manifestações singulares em cada um.
CADIDÍASE
ORAL: na maioria das vezes ocorre no lactente por sua flora bucal mal
estabelecida. Em adultos ocorre com mais facilidade em pacientes soroporitivos
para HIV. Apresenta placas esbranquiçadas na língua ou difuso nos casos de
grave estado de higiene ou imunossupressão. A queilite angular, um ferimento
discreto nos cantos da boca, ocorre por conta da queda senil ou patológica da
musculatura facial que facilita a contensão se saliva e sua contaminação.
Ocorre também em casos de próteses mal adaptadas, nas quais a infecção por
cândida é frequente.
CANDIDÍASE INTERTRIGINOSA: nos pacientes com diabetes ou com muita sudorese há
umidificação e maceração de locais de cantos e dobras, tais como nas regiões
submamárias, interdigitais, axilares e cicatriz umbilical. A diferença aqui são
o eritema o prurido e dor.
CANDIDÍASE BALANOPREPUCIAL: causam lesões erosivas na glande e prepúcio, ardor e prurido
que podem ou não ser recobertas pela placa branca característica da levedura. A
forma vaginal é bem semelhante, mas a presença das placas é mais frequente e a
erosão é menos comum.
PARONÍQUIA: é
uma onicomicose. Há uma separação entre a unha e a dobra ungueal, os tecidos ao
redor ficam edemaciados, eritematosos e doloridos à palpação. Na expressão do
local há saída de secreção seropurulenta e caso a infecção atinja a matriz da
unha causa a forma distrófica, que é mais grave. É um processo crônico e recidivante.
Ocorre muitas vezes em donas de casa pelo contato frequente com água, sabão e
detergente, sendo facilitada pelo hábito de retirar a cutícula.
DIAGNÓSTICO
Na tinha de
couro cabeludo as lesões geralmente são fluorescentes sob luz da lâmpada de Wood.
Ainda mais seguro é a identificação do patógeno por meio de cultura com
material obtido pela raspagem da lesão, exame esse de grande valor em todos os
casos de micoses superficiais.
TRATAMENTOS
Primeiramente
deve-se fazer um tratamento tópico da fase aguda. Nos pés pode-se fazer
compressas quentes, banhos e aplicação de permanganato de potássio 1/40.000 ou
solução de borato de sódio 1/1.000. Na fase subaguda pode-se empregar cremes
antifúngicos ou antibióticos, tais como a neomicina ou a bacitracina.
Nas fases
crônicas que cursam com hiperceratose o tratamento tópico deve ser empregado
junto com o uso de ureia a 20%.
TINHA DE
CABEÇA
· Griseofulvina 15 mg/Kg/dia em dose única junto
com a refeição, pois a medicação é lipofílica. O uso é feito por 6 a 8 semanas.
·
Terbinafina: se o paciente tiver de 10 a 20 Kg
usar 62,5 mg, 20 a 40 Kg usar 125 mg, se acima de 40 Kg usar 250 mg. A posologia é
dose única no dia por 2 a 4 semanas.
·
Fluconazol 150 mg dose única na semana por 3 a 6
semanas.
·
Itraconazol 100 mg/dia por 4 a 8 semanas.
TINHA DE PELE
GLABRA
Nesse caso o
tratamento será em dose única diária por 04 semanas para todos os antifúngicos,
mas a evolução pode aumentar esse período.
Terbinafina
250 mg no dia, itraconazol 100 mg/dia; griseofulvina 500 mg/dia; cetoconazol
200 mg/dia. A exceção é para fluconazol 150 dose semanal.
ONICOMICOSES
Aqui o
cetoconazol não é indicado. Deve-se fazer a remoção da unha e debridamento
mecânico, pois a unha torna-se uma capa protetora para os fungos e mesmo após
sua retirada ainda há persistência dos patógenos no local. A remoção pode ser
feita mecânica ou quimicamente com ureia a 40%.
A primeira
escolha para o tratamento sistêmico é a terbinafina 250 mg ao dia por 3 a 4
meses, grisofulvina 500 a 1.000
mg/dia por 12 meses a depender da evolução do paciente, itraconazol 200 mg ao
dia por três a quatro meses ou fluconazol 150 mg dose única na semana por 09
meses.
Para melhorar
a resposta usa-se medicação tópica, que nesses casos é o cloridrato de amorolfina esmalte 50
mg/ml uma ou duas vezes na semana.
PITIRÍASE
VESICULOR
Qualquer um
dos derivados azólicos possuem indicação para o tratamento tópico: tiaconazol,
isoconazol, flutrimazol, clotrimazol e cetoconazol, podendo ser aplicados 12/12
horas por quatro semanas, acompanhados todo uso de xampu com ação fungicida,
como o cetoconazol- este deverá ter espuma escorrida sobre o rosto. Caso a utilização dos cremes não resulte em cura utiliza-se
os medicamentos via oral. As opções são similares: cetoconazol 200 mg por 10
dias; itraconazol 200 mg ao dia por cinco dias, este possuindo melhor resposta
em relação aos demais. Num período menor fluconazol 400 mg dose única,
apresentando cura clínica após quatro semanas em 82% dos casos, tendo melhor
resposta que quando utilizado 150 mg por quatro semanas.
O tratamento
das piedras é corte dos cabelos e aplicação de xampu antifúngico, como o
cetonazol.
CANDIDÍASE
A nistatina
está indicada nos casos de candidíase oral, esofagiana e intestinal. Seu
mecanismo se detém à ligação ao esterol, determinando a lise da parede
citoplasmática dos fungos sensíveis. Não há absorção na pele ou mucosas. Os
comprimidos tem a dosagem de 500.000 unidades, utilizados dois ou três
comprimidos de 8/8 horas. A solução oral, bem indicada para a candidíase oral,
possui 100.000 unidades a cada 2 ml e é utilizada 6/6 horas por 14 dias. O
itraconazol, fluconazol e por fim a anfotericina B só devem ser utilizadas em
falha do primeiro esquema.
REFERÊNCIAS
Clínica médica:
doenças dos olhos, doenças dos ouvidos, nariz e garganta, neurologia,
transtornos mentais. v. 6. Barueri, SP: Manole, 2009.
LOPES, Antônio Carlos. Tratado
de Clínica Médica. 2. ed. São Paulo: Rocca, 2009.
Almeida, Sandro Rogerio de. Apostila de Micologia Clínica. Faculdade de Ciências Farmacêuticas.
Universidade de São Paulo. Disponível em: <https://www.portalbrasil.net/downloads/micoses.pdf>.
Um comentário:
COMO EU ME CUREI DO VÍRUS DE HERPES.
Olá pessoal, estou aqui para dar meu testemunho sobre um herbalista chamado Dr. imoloa. Eu estava infectado com o vírus herpes simplex 2 em 2013, fui a muitos hospitais para curar, mas não havia solução, então estava pensando em como conseguir uma solução para que meu corpo possa ficar bem. um dia, eu estava na piscina, navegando e pensando onde conseguir uma solução. Eu passo por muitos sites onde vi tantos testemunhos sobre o Dr. Imoloa sobre como ele os curou. eu não acreditava, mas decidi experimentá-lo, entrei em contato com ele e ele preparou o herpes para mim, que recebi através do serviço de correio da DHL. tomei por duas semanas depois, em seguida, ele me instruiu a ir para o check-up, após o teste, foi confirmado herpes negativo. sou tão livre e feliz. portanto, se você tiver algum problema ou estiver infectado com alguma doença, entre em contato com ele pelo e-mail drimolaherbalmademedicine@gmail.com. ou / whatssapp - + 2347081986098.
Esse testemunho serve como expressão de minha gratidão. ele também tem
cura à base de plantas para, FEBRE, DOR CORPORAL, DIARRÉIA, ÚLCERA DA BOCA, FATIGUE DE CÂNCER DE BOCA, DORES MUSCULARES, LÚPUS, CÂNCER DE PELE, CÂNCER DE PÊNIS, CÂNCER DE MAMA, CÂNCER DE PÂNICO, DOENÇA RENAL, CANCRO VAGINAL, CANCER VAGINAL, CANCRO DOENÇA DE POLIO, DOENÇA DE PARKINSON, DOENÇA DE ALZHEIMER, DOENÇA DE BULÍMIA, DOENÇA INFLAMATÓRIA DE DOENÇAS FIBROSE CÍSTICA, ESQUIZOFRENIA, ÚLCERA CORNEAL, EPILEPSIA, ESPETO DE ÁLCOOL FETAL, LICHEN, PLANTIA, CLÍNICA DE SAÚDE / AIDS, DOENÇA RESPIRATÓRIA CRÔNICA, DOENÇA CARDIOVASCULAR, NEOPLASIAS, TRANSTORNO MENTAL E COMPORTAMENTAL, CLAMÍDIA, VÍRUS ZIKA, ENFISEMA, TUBERCULOSE, BAIXO CONTAGEM ESPÉCIE, ENZIMA, INFORMÁTICA, BARRIGA, DISTRIBUIÇÃO, DISTRIBUIÇÃO EREÇÃO, ALARGAMENTO DO PÊNIS. E ASSIM POR DIANTE.
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